Agrário - Ambiental
Propriedades passam por análise ambiental
Fonte: a A A A
As propriedades de plantio de soja em Roraima estão passando por análise ambiental e social desde outubro deste ano. Trata-se de uma parceria entre a Cooperativa Grão Norte, o grupo Amaggi de importação e exportação e a ONG (Organização Não-Governamental) Aliança da Terra.
A iniciativa proposta pela cooperativa, segundo Dirceu Vinhal, é para garantir que a avaliação do controle sócio-ambiental das áreas de plantio de soja no Estado seja conhecida no exterior. Desta forma, a venda da safra será garantida.
É que um termo de compromisso entre as organizações européias e as empresas de exportação no Brasil prevê que a comercialização da soja só pode ocorrer se a área de plantio do grão estiver livre de locais de desmatamento, haja conservação ambiental e não tenha registro de trabalho infantil.
Segundo Vinhal, para provar que todas as exigências são atendidas é necessário que uma empresa com conceito internacional certifique isso. Desta forma, a parceria foi formada e os técnicos da Aliança da Terra estão avaliando as propriedades, inclusive com um resultado preliminar, constatando que as áreas estão regulares.
Os trabalhos ainda estão em andamento, faltando a apresentação do resultado final com a tabulação dos dados coletados e as recomendações para cada propriedade, caso seja necessário.
Por conta da falta desta análise, a última safra de soja em Roraima demorou a ser vendida. Em anos anteriores, o produto era vendido antes mesmo da colheita – que normalmente ocorre em outubro. A safra deste ano, que totalizou 20 mil toneladas, só foi comercializada em 15 de outubro porque o Grupo Amaggi, o maior comprador de soja em Roraima, só fecharia negócio mediante a análise. A venda foi efetuada quando os técnicos vieram para Roraima.
“A gente não tinha dúvida de que estando na região amazônica estaríamos cumprindo a legislação, mas sabemos que é preciso estar à frente disso, até por uma questão de mercado”, destacou Vinhal.
Os 14 produtores de soja em Roraima iniciam o plantio em maio de 2009. A cooperativa ainda não sabe quanto será a produção no próximo ano devido à crise financeira mundial.
(Fonte: Jornal Folha de Boa Vista, de 16 de dezembro de 2008).
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