Indígena - Garimpo
RESERVA YANOMAMI
Atividade garimpeira ilegal é intensa
Imagem aérea mostra balsa de garimpo em funcionamento na terra indígena Yanomami ANDREZZA TRAJANO
O desaparecimento de Mauro Sérgio Alves da Silva, 37, que pilotava um monomotor na terra indígena Yanomami, reforça que a extração ilegal de minérios ainda é uma atividade intensa e lucrativa. Sempre há piloto disponível para arriscar sua vida em direção à reserva, com o intuito de abastecer garimpos, em troca de alguns gramas de ouro.
Há anos comunidades indígenas lutam pelo fim dos garimpos ilegais, que, além de retirarem a riqueza do solo, propagam doenças e miséria entre os povos. São décadas cobrando providências às autoridades sem que seja dada uma solução definitiva para a questão. A extração mineral em reservas indígenas é proibida por lei.
A Folha ouviu pilotos que viajam para garimpos, outros que já fizeram esse tipo de transporte e ainda pessoas que conhecem a atividade ilegal. E descobriu que pelo menos oito voos partem de Boa Vista com frequência para a terra Yanomami, que tem o solo rico em ouro, diamante e cassiterita.
Só a região conhecida como Vale do Caveira, no coração da reserva, tem quatro garimpos em plena atividade no momento. A extração é feita por meio de maquinários, na terra, e em balsas, no rio Mucajaí.
Os garimpos conhecidos como Raimundo Neném, Jeremias, Formiga e Vando Preto por muitos anos foram a preferência de garimpeiros. De lá, garimpeiros afirmam que extraíam quilos de ouro. A garimpagem era feita numa área conhecida como várzea de igarapés, onde o ouro brota de forma mais fácil em um local raso.
(Fonte: Jornal Folha de Boa Vista, de 24 de junho de 2010).
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